Muitas das histórias que ouço refletem a dificuldade em criar uma rotina quando muitos dos hábitos que faziam parte da vida desapareceram.
Contextualizando: como usual, andas na tua vida, com os teus amigos, os teus familiares, o teu trabalho e um “corre-corre” que acontece dia após dia. Tens a vida tão preenchida por esta rotina que às vezes até te queixas.
Mas, quando mudas para longe, quando mudas de casa, de cidade, de país, quando mudas de rotinas o impacto na tua identidade pode ser intenso.
É verdade que os primeiros meses são estafantes, desafiantes – é o momento de arrumar a casa nova e também de colocar alguns dos sonhos na prateleira à espera de novas oportunidades. Um dia vou voltar a desarrumar esses sonhos e eles voltarão a ganhar força – pensas em silêncio, encontrando justificação e força na casa, nos filhos e no apoio ao novo desafio profissional do teu companheiro e na esperança de que possas encontrar um trabalho para ti.
Mas os dias passam, as caixas estão vazias, já passeaste por todas as ruas ao pé da casa nova. Já sabes onde se compra o melhor peixe, os melhores legumes… Já conheces algumas mães dos novos amigos e colegas dos teus filhos… Cada membro da família foi-se integrando nesta nova realidade: os filhos à nova escola, o companheiro ao seu trabalho novo… E tu?
Tinhas um quotidiano agitado e cheio de desafios…e agora? Quais são os teus desafios agora? Quem és tu nesta nova realidade tão diferente da que tinhas?
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A vida é um conjunto de desafios que vão surgindo no quotidiano!
Enfrentá-los, e ultrapassar cada um deles é o verdadeiro sentido da vida.