Uns dia antes de voltar a casa foram dias de emoção e ansiedade a preparar uma chegada antecipada e de surpresa.
Havia dito à família que iria chegar a Portugal em Julho mas troquei-lhes as voltas e aterrei em Lisboa a 27 de Junho.
A surpresa para a familia
Combinei só com um membro da família e lá apareci eu e o meu mais pequeno no almoço de domingo em família.
E de repente a família tinha crescido … todos ficaram em choque mas felizes. O ser humano tem esta capacidade de adaptação e ajustamento … e de repente lá estava eu a abraçar e a beijar os meus familiares que só via há dois anos pelo Whatsapp.
Ufa! Respirei fundo quando chegou o prato: o meu querido peixe-espada! Respirei de alívio e satisfação por ter atravessado o Atlântico e aterrado em Lisboa, cidade onde o céu é quase sempre azul da cor do mar e onde o sol brilha todos os dias!
Então e agora? O difícil em termos físicos tornou-se fácil …. já estava com os pés assentes em terra.
As emoções durante o regresso a casa
Segunda fase … Pronta para desfrutar de mais emoções, de conversas desafiantes e da observação da realidade que se esconde pela câmera do WhatsApp.
Enfrentamos o inesperado, abrimos o coração e emergimos na realidade que nos é tanto e por momentos esquecemos por um tempo tudo o que nos moveu até aqui no nosso quotidiano e voltamos a assumir um outro papel – o de filha, de irmã, de neta, de sobrinha, de prima, de amiga de longa data, de companheira de farras e eternas brincadeiras.
Os nossos miúdos olham para nós e para o todo com uma diferente percepção. Há uma outra realidade para além do comum quotidiano!
Enfim, voltar a casa confirma-se essencial. É uma necessidade básica como a da água que precisamos de beber. Refresca, acalma, energiza, restabelece.
https://www.verywellmind.com/why-you-should-take-a-vacation-this-year-if-you-can-5181808
E a conclusão a que chego de cada viagem é a de que mesmo que vivamos em outra parte do mundo por muitos anos, mesmo que tenhamos tido a oportunidade de ter escolhido o que nos move no nosso dia a dia, nunca mas nunca esqueceremos a nossa génese. Essa está e estará conosco sempre e para sempre.
E que para onde quer que vamos temos que ter orgulho em ser Portugueses e orgulho em Portugal.
O regresso a casa, onde escolhemos viver
Ao fim de 14 anos a viver fora de Portugal continua aquele sentimento de nostalgia aquando da partida e a eterna questão que se coloca para quando será a próxima visita?
Principalmente depois destes anos tão desafiantes onde tudo foi questionado e onde houveram tantas mudanças. Tínhamos dois voos diários com partida de Nova Iorque pela TAP, voos semanais pela United e Delta.
Hoje em dia a aviação comercial também modificou seus horários e estratégias dai também a nossa ansiedade. Mas temos Fé que tudo irá regressar a uma certa normalidade mesmo que essa seja diferente da vivida até aqui. Já dizia Luís de Camões “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. “.
E tu, cidadão do mundo? O que sentes quando regressas a casa?
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