O Quénia, o país de terra vermelha, deserto, mar de águas quentes e natureza selvagem. Faz fronteira com a Somália, o Sudão do Sul, a Etiópia, o Uganda, a Tanzânia e o Oceano Índico. Infelizmente parte do território pertence ao Presidente Uhuru Kenyatta, mas a corrupção é assim mesmo, e, ou se entra no jogo ou é uma luta constante.
Estima-se que a população ronda os 47 milhões. Acredito que sejam bem mais porque não existe controle total da população.
As duas línguas oficiais são o kiswhaili / swhaili e o inglês. No entanto, é um país ainda muito tribal e com os seus respectivos dialetos muito ativos.
A moeda utilizada é o Shillings – KES. No câmbio de dinheiro vão ter a sensação de que ficaram ricos repentinamente mas não se iludam. Caso estejam de regresso à Europa troquem sempre antes de deixarem o país, por cá a moeda corrente queniana não tem valor algum e ninguém a aceita. Exemplo:
1€ = 128,10 KES
100 KES = 0,78€
O clima queniano. Tema curioso porque a maioria pensa que África é só calor e que estamos sempre bronzeados. Meus caros, não me levem a mal mas não venham com essa expectativa. No Quénia, devido à passagem da linha do equador, as temperaturas pouco variam e faz frio. Existe, sim, tempo seco em Nairobi, tempo quente e húmido na costa e a chuva (conhecida como as monções). Sendo Junho, Julho e Agosto os meses mais frios do ano.
Por último, o Quénia é um dos países africanos que baniu e proibiu o uso de plástico. Cuidado, se forem para reservas naturais, como os safaris ou andar nas ruas com sacos de plástico à vista, podem-vos multar e até cumprir pena de prisão.
Nairobi
Capital do Quénia, situada a 1700m de altitude, é a única cidade do Continente Africano com um Parque Nacional onde podem fazer safáris. Com cerca de 4,397 milhões de habitantes, preparem-se para as multidões na rua e para o trânsito infernal.
Cidade de arranha-céus, com algumas mesquitas e outro gênero de arquitetura, é considerada uma das mais seguras do Continente Africano, contudo não aconselho passeios à noite sozinhos. Atenção, não levem nada de vistoso ou valioso nas vossas malas, serão roubados com facilidade. São mestres em abrir malas, roubar, fugir e não damos conta de nada. Infelizmente, também darão conta dos “street kids”, as “crianças de rua” que nos interpelam para pedir dinheiro.
Existem muitas coisas para visitar como o KCC (Kenya Conference Centre – do qual conseguem ver do topo do edifício toda a cidade), mercados com artesanato, etc. Cuidado com as fotografias é proibido tirar em muitas das ruas citadinas.
Custo de vida
O custo de vida por cá é alto tanto para expats como para os locais. Diria que uns conseguem viver e outros sobreviver, mas todos temos que ser uns bons gestores financeiros.
Por exemplo, o salário mínimo é de 14,000 KES = 109,29€, o que não é compatível com uma vida de supermercado.
Na minha opinião, a melhor forma de encontrar equilíbrio é comprar fruta, vegetais e roupa no mercado de rua e os outros bens aos quais estou habituada no supermercado.
Exemplo:
Frango 1,3kg – 640 KES = 5€
Café (que não bebo, mas foi-me dito que não aconselham) – 200 KES = 1,56€
Nutella (que é um bem de luxo por cá) – 110 KES 180g = 0,86€
Total de supermercado para duas pessoas (sem comprar grandes excentricidades) ronda os 20,000 KES = 156,13€
Idas a restaurantes ou sair à noite também fica caro, no entanto vão encontrar os pubs e discotecas sempre cheios.
Almoço de 2 pessoas num restaurante italiano – 5,000 KES = 39€
Cerveja Tusker (cerveja local) – 300 KES = 2,34€
Em relação às atividades como visitar florestas, museus, fazer safaris, etc nós, expats, considerados não residentes, pagamos a triplicar ou mais.
Exemplo do preço de entrada no Giraffe Center:
Residente – 250 KES = 2,36 USD
Não residente – 1,000 KES = 10 USD
Páginas úteis
Encontram no Facebook dois grupos:
– Portugueses em Nairobi
– Embassy of Portugal in Nairobi
Site:
– InterNations
Duas das cadeias de supermercado mais conhecidas que dispõem de site e de entregas ao domicílio:
– Carrefour
– Naivas Supermarket
Karibu, como quem diz “Bem-vindos” a Nairobi e não se esqueçam de trazer um casaquinho para o frio, mente aberta, zero expectativas, alma de negociante. E aproveitem ao máximo!
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