Quando se toma a decisão de ir viver no estrangeiro, saímos conscientes que muitas coisas vão ser diferentes, mas no fundo esperamos que a nossa identidade se mantenha. O que não sabemos é que, para onde quer que vamos, o país que nos acolhe, e as pessoas que se cruzam na nossa vida, irão mudar-nos para sempre.
Tolerancia e aceitação
1 – Para mim foi das coisas que mais mudei em mim desde que cheguei a Inglaterra em 2009. A exposição a outras culturas, para além de fascinante, fazem-nos ver e compreender os assuntos, as maneiras de estar e lidar com situações com outros olhos. Faz-nos olhar para os outros e, embora nem sempre se compreenda a razão para um determinado comportamento, respeitar a sua opinião e acções de uma maneira muito mais aberta.
Introdução de novos hábitos
2 – Embora ainda tenha uma alimentação muito Mediterrânica, viver no estrangeiro fez me adicionar muitos outros alimentos e sabores à minha dieta.
Um dos beneficios de estar a viver no estrangeiro é explorar a sua cultura e os seus hábitos, aprender com eles e ficar com os que mais se adequam a nós. Para mim, o chá é dos hábitos Ingleses que mais gosto.
Utilização de Anglicismo
3 – Ja não sei escrever com acentuação Portuguesa e passei a usar termos ingleses em conversas em Português! Muito raramente tenho acesso a um computador com o nosso teclado e por isso, a acentuação fica para trás, muitas vezes… viver nos estrangeiro trás destas coisas!
Mudança de atitude
4 – Fui perdendo alguns amigos desde que estou a viver no estrangeiro, o que deixa sempre uma mágoa quando se percebe que a distância afectou relacionamentos, mas mudei a minha atitude em relação a isso. Os amigos para sempre estarão sempre por perto, independentemente do distanciamento físico, e amizades e laços afectivos são criados em qualquer ponto do mundo. Quando duas vidas se cruzam, e especialmente se estiverem a passar pelas mesmas situações, uma amizade pode florescer! As amizades criadas enquanto estamos a viver no estrangeiro tornam-se intensas e fortes.
A Familia é para sempre
5 – Como para tantos portugueses que estão a viver no estrangeiro, estar perto da família fazia parte do dia-a-dia, e custa muito dizer adeus, mas quando isso acontece, por mais difícil que pareça, está tudo bem, porque um pouco deles vai connosco e um pouco de nós fica para trás. Aprendi que a saudade não acaba, mas tambem não deve limitar a vida que escolhemos viver porque senão não estamos cá nem lá.
Não há paises perfeitos, há países diferentes e com a diferença vem a descoberta de um novo nós! Viver no estrangeiro é uma descoberta constante.
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