De forma a que a prioridade do meu filho na entrada na creche aumentasse, inscrevi-me no fundo de desemprego, a chômage, pois era a maneira de ter a prova que procurava emprego activamente.
Na Suiça, quando se está inscrito no fundo de desemprego é se obrigado a ir a reuniões, marcadas com alguma regularidade. No fundo de desemprego tive oportunidade de frequentar mais aulas de francês. No entanto em termos de trabalho, segundo o meu conselheiro, eu teria de arranjar através da minha networking dado que eu era demasiado qualificada para o tipo de trabalho que eles poderiam arranjar. Por mês, tinha de provar que mandava pelo menos 10 C.V. Neste período que estive na chômage, mandei mais de 100 C.V, infelizmente sempre com feedback negativo.
Em conversa, todas pessoas à minha volta ficavam a saber que eu estava a procura de trabalho. Um colega português do meu marido que trabalha na minha área profissional, sempre que tinha conhecimento de uma posição aberta na área que eu procurava, informava-me. Entre muitas aplicações sem sucesso, finalmente numa consegui que me chamassem para entrevista que finalizou no meu primeiro emprego na Suiça.
A realidade laboral na Suiça é bem diferente da Portuguesa
Após 6 anos e muitas tentativas de voltar ao mercado de trabalho, consegui arranjar trabalho, na minha área a 60%. Considero que tenho sorte, trabalho na minha área a 60%, o meu manager, suiço “puro”, considera a família a prioridade. Não só me pergunta o que ando a fazer na empresa por volta das 18h30, como também se o facto de ficar ate mais tarde é devido ao elevado nível de trabalho que me delega! Uma realidade completamente diferente do que eu estava habituada em Portugal.
- Qual é a experiencia de outras Portuguesas na Suiça? Também tiveram a sorte de ter um manager que da prioridade ao núcleo familiar?
- Junte-se a nós e junte a sua voz ao blog Vidas Sem Fronteiras