Primeiras impressões de Viena

Susana Fartura

Dizem que as primeiras impressões ficam para a vida. Foi o caso de Viena.

Tenho poucas recordações da primeira vez que visitei Viena, em 1996. Mas as imagens que guardo são de uma cidade monumental e de um povo simpático e musical. A viagem tinha como objetivo participar num encontro de inverno da comunidade ecuménica de Taizé, que se realizava todos os anos numa cidade diferente entre o Natal e o Ano Novo.

A minha irmã, uma amiga e eu, ficamos alojadas em casa de uma família austríaca, que nos brindou com um fantástico Brunch de ano novo. Em cima de cada prato estava um porquinho com um trevo na boca, uma tradição austríaca para desejar boa sorte no novo ano. 

Voltei a Viena com os meus pais e a minha irmã, num roteiro turístico organizado que incluía quatro capitais: Praga, Viena, Budapeste e uma breve paragem em Bratislava. Naquela altura, Viena foi uma desilusão, encadeada pela pitoresca Praga e a boémia Budapeste, mas a primeira impressão já estava enraizada.  

Das primeiras impressões de Viena aos factos

A Áustria é um dos dez países da Europa com maior PIB per capita. Não existe salário mínimo e o salário médio mensal é de 2700€ (em Portugal é cerca de 1000€). É o quarto mais seguro do mundo (a seguir a Portugal, segundo o Global Peace Index).

Viena é a cidade com melhor qualidade de vida do Mundo (de acordo com a consultora Mercer) e terra natal de Mozart, Haydn, Schubert, Strauss, Klimt, Freud, Hitler, Niki Lauda, Rommy Schneider…

Além disso, Viena fica situada no coração da Europa com voos diários para todas as capitais europeias, incluindo quatro voos diários para Lisboa (pré-Covid). Não foi difícil perceber que seria quase impossível aparecer uma oportunidade melhor.  

A confirmação das primeiras impressões de Viena

A nossa decisão de mudar para Viena foi tomada em fevereiro de 2019. Ele mudou-se em abril. Eu mudei-me em agosto. Naqueles quatro meses fui três vezes de visita-lo a Viena. A primeira logo em abril, quinze dias depois de ele ter chegado.

Fui recebida por uma Viena cheia de sol, imponente e imperial. Revisitei o palácio Belvedere, o edifício residencial do famoso arquitecto Hundertwasser e a Catedral de Santo Estêvão. Ao palmilhar as ruas de Viena, a cada esquina esconde-se uma nova surpresa e um «Uau!». As minhas primeiras impressões estavam certas!

Palácio belvedere, Viena
Palácio Belvedere
Karlskirche
Karlskirche
rathause, camara municipal
rathause, Câmara Municipal

A segunda visita foi em maio, já com a casa arrendada. Foi passada no IKEA a escolher os móveis para a casa porque ele tinha de deixar o quarto de hotel onde estava, pago pela empresa.

Na terceira visita, Viena estava a despertar para o Verão. O parque do Prater fica a 10 minutos de casa e estava verdejante. Ainda houve tempo para comprar alguns eletrodomésticos, um sofá e testar o forno lá de casa com uns tradicionais bolinhos de côco.

plater, Viena de Austria
Plater, parque de diversões Viena

A minha viagem definitiva para ir viver em Viena foi a 31 de julho – ele diz que é o melhor dia para casar – como na música do Quim Barreiros. 

A despedida de Portugal e da família, dessa vez, não foi difícil porque sabia que em breve voltaria para os visitar.

Mas a sensação de partir à aventura de viver em Viena foi inesquecível! 

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