Quando finalmente decidimos manter o casamento, a lista de coisas a fazer era considerável. Não que não tivéssemos o principal (onde e quem celebraria), mas porque faltavam alguns detalhes relevantes, como
- a lista final de convidados (bem difícil porque teríamos de cortar mais de metade dos convites previstos),
- os missais,
- a decoração,
- o bouquet,
- as lembranças
A acrescentar a isto, enquanto eu consigo trabalhar de Portugal, para o João tal não é tão simples, o que resultou em termos passado as últimas semanas antes do casamento com um em Portugal e outro em Malta.
Juntos tivemos 4 dias a meio de Setembro e 2 dias em Outubro onde, ali mesmo mesmo em cima do dia do casamento, tratámos do que tínhamos de tratar em conjunto.
Top de preocupações
Medos e ansiedade constantes em relação à COVID:
(1) E se Malta fecha o aeroporto e o João fica “preso”?
(2) E se um de nós apanha COVID?
(3) E se algum convidado apanha COVID?
(4) E se a “coisa” continua a piorar e temos de reduzir ainda mais a lista de convidados?
(5) E se piora mesmo a sério e temos de cancelar o casamento?
O conforto dos convidados
(1) Assegurar que todos os nossos amigos e os nossos familiares que por qualquer razão não podiam ir (a maioria porque tiveram de ser cortados da lista) pudessem assistir ao casamento em direto.
Nisto, contámos com a ajuda preciosa da empresa dos nossos fotógrafos (Casa de Luz), que asseguraram a transmissão através de uma página de Facebook privada.
(2) Como garantir que os convidados se sintam mesmo confortáveis no nosso dia. Isso exigiu que tivéssemos um maior cuidado a fazer as mesas, a organização da Igreja e da sala do jantar de uma forma que assegurasse o distanciamento das pessoas, várias chamadas/mensagens a tranquilizar os convidados, cuidado no local do cocktail e apreensão quanto a onde fazer a dança (que dependeria do tempo que estivesse).
O tempo
Como estaria o tempo? Tínhamos planos A, B e C:
(1) Plano A com chuva
(2) Plano B sem chuva
(3) Plano C sem chuva, mas com frio
Isto teria um impacto enorme, porque enquanto sem chuva nem frio conseguiríamos fazer tudo ao ar livre menos o jantar, com chuva ou com frio teríamos de fazer a cerimónia dentro da Igreja e o resto dentro da sala, o que seria menos tranquilo em termos de Covid e de todos nos sentirmos confortáveis.
O resto, que se calhar seriam preocupações num casamento “normal”, nesta fase era totalmente secundário: tudo se arranjaria.
Dia D – neste caso C (de casamento)
Demos o nosso melhor, e o dia do casamento lá chegou. Tivemos, uma vez mais, uma sorte incrível: era dia 10 de Outubro, mas estiveram 30 graus durante o dia e pouco frio durante a noite.
Conseguimos fazer a cerimónia na rua, o cocktail igualmente na rua, num espaço que daria para mais de 400 pessoas (e onde tivemos 115).
Ao jantar lá foi tudo para dentro da sala, mas conseguimos garantir o espaçamento entre mesas e a grande maioria das mesas tinha apenas agregados familiares.
Por fim, quer o bolo como a dança, dado que não estava frio, foram no local do cocktail, ao ar livre e com muito espaço. Assim, todos conseguiram aproveitar de forma tranquila e com as devidas distâncias.
Os nervos de casar nesta fase foram mais que muitos mas hoje, não tentaria fazer de outra forma.
Não conseguimos ter todos fisicamente presentes, e isso custou muito, mas transmitimos a cerimónia para que todos conseguissem estar mais perto.
Conseguimos também ter algumas pessoas presentes que, devido à idade, poderíamos já não ter connosco para o ano, caso adiássemos o casamento.
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