Com um passaporte português é possível viajar para 187 países sem necessidade de visto ou simplesmente com visto de chegada.
É este o resultado do estudo realizado anualmente pela firma britânica Henley & Partners e que situa Portugal em quinto lugar no ranking juntamente com a Irlanda.
No primeiro lugar do pódio encontram-se o Japão e Singapura, empatados com acesso a 192 países, seguidos pela Alemanha (primeiro país europeu da lista) e Coreia do Sul com 190 países isentos de visto. O terceiro lugar é ocupado pela Finlândia, Itália, Luxemburgo e Espanha (189). Seguem-se Áustria, Dinamarca, França, Países Baixos e Suécia (188).
Em média, cada passaporte permite acesso livre a 107 países. Mas num ano em que viajar foi um privilégio de poucos, as disparidades entre os países do norte e do sul tornaram-se ainda mais evidentes, revelando que o mundo não se tornou mais pequeno para todos.
No fundo da tabela encontramos o Afeganistão, Iraque, Síria, Paquistão e Yémen, cujos cidadãos apenas se podem deslocar a menos de 30 países, bem abaixo da média mundial.
O mapa abaixo mostra os países cujo poder aumentou entre 2006 (quando a média de países visitáveis sem visto rondava os 56) e 2022.
Quanto mais escuro o azul, maior o número de países somados a cada passaporte. A Ucrânia conseguiu juntar 109 países à sua lista (subindo do posto 38 para 35) e os Emirados Árabes Unidos com 140 novos destinos. Olhando para o mapa é evidente que África e grande parte do Oriente Médio estão a ficar para trás.
Booking.comA divisão entre países ricos e pobres cresceu exponencialmente com a chegada em Novembro de 2021 da variante Omicron da Covid-19. À descoberta da variante, feita pelos investigadores da África do Sul, seguiu-se uma série de restrições que impediram viajar de e para vários países africanos. O Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu a situação como um “apartheid da mobilidade internacional”.
Como se calcula o ranking?
O índex inclui 199 passaportes e 227 destinos possíveis. A Henley & Partners realiza este estudo desde 2005 com base nos dados recolhidos e partilhados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Os pontos são atribuídos em função do tipo de visto necessário para aceder a cada destino.
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