O que a CoViD 19 mudou no ensino em todo o mundo (1)

Tânia Valente

Foi no dia 12 de Março de 2020 que o governo Norueguês decidiu fechar as escolas e entrar em completo “lockdown” mudando o ensino por um periodo indeterminado.

Para os que ainda não sabem, sou professora de Espanhol e Inglês (7º – 10º anos) numa escola internacional na Noruega. 

As duas semanas que antecederam esta data foram de total ansiedade e stress na escola onde trabalho. Os alunos tinham muitas perguntas sobre quarentena, isolamento e funcionamento (a)normal das aulas, e eu dificilmente conseguia ocultar as minhas frustrações, medos e receios quando questionada. 

Assim, dia 12 às 14:00 o governo anunciou, os pais ficaram a saber e a escola só teve tempo de enviar um e-mail pormenorizado a todos os encarregados de educação e alunos a informar do mesmo e a pedir para levarem os computadores e outros materiais referentes a cada disciplina para casa, por tempo indeterminado. Nessa tarde tivemos reunião de equipa para ultimar o que ia acontecer, o que tínhamos que preparar e que plataforma íamos utilizar. No espaço de 1 hora a gestão da escola decidiu que iríamos utilizar todos (do 1º ao 10º ano de escolaridade) o Microsoft Teams. No dia seguinte, 13 de Março, já só com professores e coordenadores na escola, reunimos às 8:30 da manhã e, o Teams já estava preparado, ou seja, todos os alunos e staff já faziam parte do sistema. Já tínhamos os alunos divididos por turmas e uma pasta/ espaço virtual para cada disciplina. Não houve workshops, tutoriais nem nada parecido e, em meia hora estávamos todos entrosados no novo sistema. Depois, é ir experimentando e conhecendo melhor as ferramentas disponíveis. 

A nossa escola já utiliza uma plataforma interna onde fazemos tudo: está dividido por turmas e disciplinas, registro de assiduidade e pontualidade, avaliação formativa e sumativa (feedback formativo, notas e comentários individuais), relatórios finais de semestre, mensagens, ficheiros, unidades, etc. Esta plataforma é o Managebac e que a maioria das escolas internacionais utilizam. Os nossos alunos, principalmente os meus (do 7º – 10º anos) estão muito habituados a trabalhar individualmente e independentemente, submetendo as tarefas de acordo com os prazos estipulados na plataforma. O maior benefício na Noruega, é que TODOS os alunos possuem computador. Na escola pública, as comunas (Câmaras Municipais – entidades que gerem as escolas públicas), providenciam um iPad para cada aluno, com programas relativos a todas ou quase todas as disciplinas. A nossa escola, se o aluno não possuir computador pessoal, a escola empresta um. Deste modo, a questão da ferramenta de trabalho para estes tempos diferentes, está assegurada.

Lê a 2a parte aqui

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