Os planos para 2020, sejam de férias, de trabalho ou de escola, mudaram certamente para muitos. Para nós, está, pelo menos, a surpreender-nos com o tipo de férias que estamos a fazer este ano. Geralmente repartimos as férias ao longo do ano, viajando para sítios diferentes por um período de tempo relativamente curto. Reservando sempre um tempinho em Portugal e França, para visitar os nossos familiares.
Até ao ano passado, raramente fazíamos férias em julho ou agosto, mas agora com um pequeno que começa a escola, lá teremos de conciliar com as férias escolares.
Os planos para a férias de 2020
Este ano, não sabíamos bem onde ir no verão. Queríamos fazer algo semelhante ao ano passado. Ou seja, visitar e viver num destino diferente durante várias semanas, que proporcionasse, ao mesmo tempo, oportunidades interessantes para os nossos trabalhos. O ano passado passámos três semanas e meia em Tóquio, em agosto, e adorámos. Este ano, não estávamos a encontrar o destino perfeito, devíamos estar a adivinhar o que vinha aí! Tínhamos apenas planeado uma semana no Algarve, com amigos, para maio. Por isso, quando as fronteiras se fecharam, e as incertezas se instalaram, restou-nos esperar para ver. Ainda não tínhamos comprado nenhuns voos e a reserva da casa do Algarve foi reembolsada quase na totalidade. Por sorte, tínhamos acabado de vir de Portugal no início de março e passado o Natal em França. Não estávamos e ainda não estamos desesperados para visitar de novo.
Quando regressámos um pouco à normalidade, pensámos em fazer uma road trip na vizinha Grécia, de norte a sul, evitando assim a possibilidade de voos cancelados. No entanto, quando começaram a pedir testes PCR e preenchimento de formulários para passar a fronteira, começámos a repensar, de novo, o destino.
As férias de 2020
No final, decidimos mesmo ficar por “casa” na Bulgária. Quase que caímos na tentação de explorar meio país, fazer montanhismo, visitar grutas e monumentos, subir a miradouros, enfim, aproveitar ao máximo o tempo livre. Mas não. Pela primeira vez desde há muitos, muitos anos decidimos passar 2 semanas de férias, à séria, na praia. Sem fazer muito mais do que comer, dormir, brincar com a criança, ler, ir ao mar ou piscina e esturricar ao sol. E tão bom que é!
Tal como o “fica em casa” nos ensinou a aceitar e a agradecer estarmos bem, estas férias, na praia, estão a mostrar-nos como fazer pouco ao sol e à beira mar, pode ser tão revigorante.
Escrevo estas palavras, relaxadamente, a olhar o Mar Negro e a sentir a brisa quente de verão. Espero que continuemos a lembrar-nos de abrandar, ocasionalmente, mesmo quando já for possível viajar sem restrições.
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