Foram os dias mais complicados desde que vivo fora de Portugal… a minha querida tia partiu e não consegui dar o abraço nem o apoio que eles tanto precisavam.
Não me lembro de passar tamanha ansiedade como naqueles dias, sempre à espera dum telefonema com novidades do nosso país e a tentar entrar em contacto mas sem querer incomodar…
Se estivesse lá, nem que ficasse caladinha ao pé deles e seria tão mais fácil. Sentia uma tristeza e uma revolta por ter decidido vir viver para fora de Portugal e principalmente por estes tempos tão particulares que tornaram desumano todo o processo e que me impediram de lá estar.
É nestas alturas que pomos tudo em perspetiva.
Ainda hoje não acredito, parece que não aconteceu e que quando chegar a Portugal vou encontrá-la… sempre tão alegre e activa em tudo que a rodeava.
Os abraços ainda estão à espera, mas cada vez mais perto, e garanto que nessa altura farei tudo para que existam momentos alegres como, tenho a certeza, ela queria que existissem.
Tao tranparente, tão nortenha, tão especial, gosto muito de ti Joana.