A 23 de outubro, a Hungria celebra o seu Dia Nacional. A data assinala a revolução de 1956 em que, apesar da Hungria ter perdido, lançou as bases para a instauração de um regime democrático, anos mais tarde.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o país dos “magiares” ficou sob o domínio da União Soviética. Uns anos depois, mudanças no sentido de uma política mais democrática ocorreram na vizinha Áustria, o que deu esperança aos Húngaros. No entanto, com a formação do pacto de Varsóvia, em 1955, estas esperanças caíram por terra.
Formação duma resistência
Começou então a formar-se uma resistencia, sobretudo composta por estudantes, mas apoiada pela população em geral, que levou os cidadãos à rua, em protesto. Os soviéticos tentaram recuperar a hegemonia, com tanques nas ruas de Budapeste. Mais uma vez, os cidadãos Húngaros revoltaram-se e lutaram até 10 de novembro, quando sucumbiram ao poderio soviético. Como consequência da revolução, 2500 civis Húngaros e 700 militares foram mortos, e 200 mil pessoas procuraram asilo no estrangeiro.
Este evento ficou conhecido como a Revolução Húngara de 1956. Em sua honra, e depois da queda do regime comunista, em 1989, os Húngaros declararam a reinstauração da República a 23 de outubro desse mesmo ano.
Primeiro Dia da República
Em 1991, pela primeira vez, comemorou-se oficialmente o dia. Habitualmente, este feriado é marcado por discursos politicos que lembram a revolução de 1956 e os que nela sucumbiram.
Durante a ocupação soviética, a bandeira Húngara foi mudada para ostentar o brazão comunista no centro. Por isso, ao andar pelas ruas de Budapeste a 23 de outubro, é comum ver nas portas de muitas casas a bandeira hasteada, mas com um buraco no meio.
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