Amigo patudo na Suécia
Quando decidimos vir viver para a Suécia, tivemos que preparar também a vinda do nosso patudo, o Dali. Um rafeiro que foi resgatado da rua por uma cliente minha da farmácia e passou a fazer parte da família, é mais que um animal de estimação. Como tudo o que iríamos encontrar aqui era desconhecido decidimos deixá-lo com a minha irmã (Obrigada Catarina e família!) até nos estabilizarmos.
De regresso a Portugal, foi a loucura do reencontro e a certeza de uma nova vida para o Dali. Fomos ao veterinário, que se encarregou de lhe dar mais umas vacinas necessárias e dar-nos um passaporte europeu. Comprámos uma caixa de transporte em que o cão se consegue levantar e rodar sobre si próprio.
A viagem não foi tão simples para ele como teríamos desejado e por isso nunca mais o sujeitámos a uma viagem de avião. Quando saímos da Suécia, deixamos o nosso cão numa pensão para cães. Encontrámos um casal que toma conta de alguns cães, trata-os muito bem com muito mimo e por isso brincamos e dizemos que o Dali também vai de férias para o spa. Mandam-nos muitas fotografias dele nos seus passeios e momentos de descanso, o que ajuda a superar a saudade.
Os suecos gostam muito de animais, especialmente cães
Em todas as cidades há parques próprios para se soltar os cães. Indo ao site de cada câmara, encontra-se a localização dos diversos parques abertos 24 horas dia. Aí os cães podem andar soltos e brincar com outros cães. Os suecos gostam muito de cães, de os treinar em termos de agilidade e obediência. A maioria dos cães são muito ”bem educados”, mesmo os de raças perigosas (e há muitos!). Normalmente não são castrados.
Somos abordados muitas vezes na rua por pessoas curiosas em relação à raça do nosso cão. Podemos dizer que o nosso cão já foi uma ponte para conhecermos alguns sueco(a)s, uma delas tornou-se nossa amiga e ficou com o Dali no primeiro Natal em que fomos a Portugal. O nosso cão deu-se muito bem com a mudança e fica feliz quando vem o frio e a neve! Deve ter alguma costela sueca!
Aqui, regra geral, todos os animais são tratados com muito respeito. Os cães não podem ficar mais de 5 horas seguidas sozinhos em casa e têm de passear pelo menos a cada 6 horas. Conforme o emprego de uma pessoa, é possível levar o cão para o trabalho desde que o animal tenha a sua ”caixa” que se possa fechar caso seja necessário. Também não se pode deixar os cães no carro se as temperaturas forem superiores a 25 graus ou inferiores a 5 graus negativos. E com temperaturas aceitáveis nunca mais de 3 horas.
Na Suécia não há animais vadios
Os cães costumam andar sempre de trela e não há cães vadios, sem dono pelas ruas. Há várias associações suecas que trabalham noutros países (Roménia, etc…) e que disponibilizam cães para adopção em troco de um valor que cobre vacinas, castração e viagem.
A maior parte dos medicamentos para cães (mesmo para prevenção de carraças) são de prescrição obrigatória. Sem uma ida ao veterinário, nada feito.
Custos de ter um animal de estimação (cão):
Seguro anual: 6450 sek (640 € ). No nosso caso temos sempre uma franquia de 180 €. Uma ida ao veterinário é muito cara, são valores muito mais elevados dos que estamos habituados em Portugal, por isso é mesmo ”obrigatório” fazer um seguro para o animal.
Pensão (hundpensionat): cerca de 6000 sek (600 €) por mês, mas chegaram a pedir-me o equivalente a 70 € por dia. É preciso ter muita sorte para encontrar um ”bom” preco.
Mas se estiverem com dúvidas em como o vosso patudo se irá dar por estas terras nórdicas, podem ficar sossegados, pois são os primeiros a adaptarem-se ao país e à língua! Os animais são felizes aqui!
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