Quando começámos a preparar o nosso casamento, sabíamos que teríamos algumas dificuldades acrescidas pelo facto de estarmos em Malta e querermos casar e tratar de tudo em Portugal.
No entanto, como começámos a tratar das coisas praticamente 11 meses antes, achámos que ia ser tranquilo: marcámos viagens rápidas a Portugal para Dezembro, Março, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro e Outubro e distribuímos o que tínhamos para preparar por cada uma das visitas conforme a urgência/importância. Combinámos também o curso de preparação: que seria um fim de semana em Malta em que o Padre Paulo viria ter connosco e outro em França, onde o Padre Paulo estava, e que ficou marcado para Março/Abril.
Mal sabíamos nós o que 2020 traria e como tudo mudaria e muito…
Os preparativos
A quinta perfeita para o casamento
Na escolha da quinta tivemos sorte. Encontrámos uma que era o match perfeito e permitia fazermos a cerimónia e o copo d’água no mesmo local. Ainda a conseguimos visitar em Dezembro (pré-COVID), mas a reserva foi feita antes da nossa visita. Como podíamos perder a Quinta, em Novembro tivemos de pedir à minha mãe e a uma das madrinhas que fossem fazer a visita e avaliar a quinta por nós.
O catering
Na prova do catering fomos muito sortudos: fomos a Portugal no 1º fim de semana de Março. 4 dias depois já estávamos de volta a Malta, e o aeroporto fechava sem data prevista de re-abertura (com os Malteses a dizer que só abriria em Setembro).
Convidada inesperada: COVID-19
Neste ponto, parámos de preparar coisas. Ficámos bloqueados, sem saber o que fazer. Não sabíamos se íamos poder sair da ilha até Outubro. Saindo, não sabíamos se poderíamos realizar um casamento. Podendo, não sabíamos em que condições. Ficámos sem saber se devíamos ou não preparar coisas. Na verdade, ficámos sem saber nada.
E, assim, fomos deixando andar para ver se alguma coisa melhorava.
Março acabou, Abril e Maio passaram…e, em Junho, lá chegaram as primeiras luzinhas: o aeroporto abriria a 1 de Julho. Mas Portugal não estava na lista. Só umas 2 semanas mais tarde anunciaram que a 15 de Julho Portugal estaria na lista de países para onde era permitido voar. Tínhamos voo a 23, e assim, passados alguns meses, conseguimos finalmente ir até Portugal. Por esta altura, os casos em Malta estavam reduzidos a 5, em Portugal a situação também estava menos má.
Lá resolvemos (depois de muitas e muitas voltas à cabeça), que manteríamos o casamento, fazendo-o com menos pessoas: família e padrinhos basicamente. Com esta decisão, a lista de coisas a fazer explodiu…e os dias que seguiram até ao casamento foram sempre a abrir, sendo que ainda houve direito a um regresso a Malta e muitos nervos.
To be continued…
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