As nossas férias em 2020

Cristiana Lopes

Este ano as nossas férias vão definitivamente ser mais caseiras. Desde que vivemos em Madrid, nunca passámos tanto tempo sem ir de férias a Portugal – há mais de cinco meses que não pisamos solo português e, portanto, assim que pudermos sair de Madrid… fugiremos para Portugal. 

Normalmente evitamos tirar férias em julho ou agosto – não gostamos dos preços inflacionados, da aglomeração de turistas ou do calor excessivo. Preferimos que os nossos colegas de trabalho aproveitem esses meses de férias escolares e escolhemos viajar em maio-junho ou em setembro-outubro. De facto, tivemos uma viagem cancelada em maio: íamos a Viena, Bratislava e Budapeste. Contudo, não queremos arriscar ter voos cancelados de novo ou que algum país de um dia para o outro decida fechar as fronteiras ou impor quarentena obrigatória… penso que nos resta ficar por Espanha e Portugal. 

Ainda tenho 24 dias de férias para gozar e de preferência terei que fazê-lo antes de outubro – que é quando o trabalho aumenta substancialmente. Quando o Estado de Emergência acabar, previsto para finais de junho, e depois de quase quatro meses sem poder sair da cidade, estou a imaginar os Espanhóis – e especialmente os Madrilenos – a pegarem no carro e conduzirem para a praia mais perto, os hotéis em toda a costa (sul e norte) voltarem a encher, os voos para as ilhas Canárias, Tenerife, Palma de Maiorca, Ibiza na sua capacidade máxima e os Airbnbs a aumentarem os preços como loucos. Em Espanha não nos vão encontrar. Resta-nos Portugal.

Para colmatar quase meio ano de distância, planeamos passar o verão à beira-mar, com a minha família em Aveiro. Podemos trabalhar desde aí, tirar uma semaninha ou duas para descobrir o país de carro, matar saudades de toda a comida portuguesa, ajudar a economia e relaxar – porque depois desta pandemia todos merecemos umas belas férias, verdade?  

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