A saudade e o luto de quem está fora

Alexandre Monteiro

DISCLAIMER: Este post é dedicado a todos os entes queridos que perdemos durante o nosso período de expatriados, especialmente nos últimos anos…

Um dos aspectos mais mencionados pelos portugueses expatriados são as saudades. Saudades de casa, saudades da comida, dos locais conhecidos, do ambiente familiar, dos amigos, da cidade, do café, do bairro, da sensação de familiaridade. 

Essas saudades podem ser mitigadas quando regressamos a Portugal, de férias, e, no caso das saudades da família, são também mitigadas (até certo ponto) através de video-chamadas (skype, WhatsApp, Skype, Zoom, etc…).

Então e aqueles que já partiram? Como mitigar as saudades? Não podemos – infelizmente – fazer uma chamada / video-chamada com aqueles que já partiram. Nem sequer para dizer adeus…

Dizer adeus é difícil, dizer adeus à distância então…

Infelizmente, num passado recente, o mundo viu se diante de uma pandemia global. Pandemia essa que, para além de ter ceifado várias vidas, obrigou a restrições de movimento, especialmente movimento entre nações. 

Eu, infelizmente, perdi um familiar muito próximo, logo no início da pandemia e, por causa das restrições, não me foi possível, sequer, marcar presença no funeral, e dizer adeus….

Ora, perder um ente querido, ou pessoa próxima, nunca é algo fácil, mas como é que se gere essa mesma perda quando estamos longe? Quando nem sequer nos podemos “despedir” daqueles que nos deixam? Como é que se gere a impossibilidade de estar presente para dar apoio àqueles que ficam e que, como nós, ou mais que nós, sofrem as perdas? 

E vocês? Como gerem essas situações? 

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