Este é um sentimento real e que passa pela cabeça de todos aqueles que estão longe do seu país natal. A frustração de estar longe dos nossos e de não conseguirmos chegar a todos…
Porquê este sentimento de frustração de estar longe?
Viver fora do país para mim tem mais vantagens que desvantagens. Aliás, escreveria alguns posts a enumerar as maravilhas de viver num país que não é o país onde nascemos. No entanto, existem coisas que não são tão boas e que tenho vindo a sentir ao longo destes dois anos: a frustração de estar longe em algumas situações importantes.
Quando estamos longe perdemos os convívios com os amigos que nos acompanharam desde sempre, perdemos a convivência e, por mais que o telefone ajude, não é a mesma coisa.
Nesta altura do ano é muito comum receber alguns convites, principalmente para batizados, e fico sempre muito triste quando não consigo estar presente. Na verdade podia ir mas, com uma família de 5 elementos, é muito complicado, não só financeiramente mas, também, com toda a logística.
Gostava muito de poder estar presente e acompanhar de perto estas fases tão boas que vão acontecendo. No entanto, não é possível. E este sentimento de frustração teima em não ajudar…
E como lidar com este sentimento que nos vai preocupando?
Esta é uma pergunta complicada! Não sei se este sentimento irá passar algum dia, se esta frustração de estar longe vai desaparecer. Acredito que não…
É um sentimento de impotência, de que não conseguimos estar em todo o lado e estar com os nossos. Sentimos que faltará sempre algo e que não estamos totalmente completos.
Apesar de tentar compensar sempre os meus quando estou em Portugal, nada apaga aquela sensação agridoce de não ter estado presente no dia especial. No entanto, também acredito que temos de aprender a relativizar, a estarmos presentes sem realmente estarmos presentes.
Felizmente, com o avanço das tecnologias, é possível “diminuir” esta distância. Conversarmos diariamente com quem mais gostamos através das redes sociais, fazer uma videochamada para podermos acompanhar a festividade… Pequenos gestos que podem, realmente, fazer toda a diferença.
Lembro-me que, num determinado Natal, longe da maioria da família, decidimos fazer uma video-chamada durante a tarde do 25 de Dezembro. Uns num país, outros noutro… Fomos diminuindo a distância e sentimos que estávamos todos juntos. Até jogamos alguns jogos, adaptados à distância, como as charadas, por exemplo. A imaginação é o limite, é sempre possível estarmos presente para aqueles que mais gostamos, basta querermos e tentarmos.
Não nos cobrarmos é essencial! Os nossos saberão, sempre, que estamos lá para eles e que, se pudéssemos, estaríamos em todos os momentos importantes.
E vocês, também se sentem desta forma? A frustração de estar longe é algo que vivenciam? Partilhem tudo…
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