A escolha da escola e a aprendizagem das línguas estrangeiras

Joana Barbosa

Uma vez tomada a decisão de mudar de país, ficam, ainda, muitos assuntos para tratar, muita tralha para organizar e muitas dúvidas para dissipar. Estaremos nós a tomar a decisão certa? Qual é o próximo passo?

Nesta grande mudança ficam, também, muitas decisões para tomar, muitas contas para fazer, muitos receios para superar e muitas prioridades para estabelecer. Toda a organização dos móveis e dos objetos, a seleção e o arrumo das roupas, dos livros, dos papéis e dos brinquedos, a procura de casa e de escolas , a avaliação do custo de vida, o carro, os impostos… tudo para fazer ao mesmo tempo, sem perdas de tempo e sem angústias.

No meio de todas essas atividades e preocupações, sobressaem a resolução das múltiplas questões relacionadas com a educação dos nossos filhos. No que a essa temática diz respeito, é importante conhecermos antecipadamente o funcionamento dos sistemas locais de ensino, de modo a podermos tomar decisões fundamentadas, sem pressas nem improvisos que possam prejudicar a sua vida escolar.

A escola: como escolher o melhor e mais adequado local de ensino?

Do nosso ponto de vista, a primeira decisão a tomar prendia-se não só apenas com a aprendizagem simultânea de uma ou de duas línguas estrangeiras (sem esquecer o português, claro), mas também com o modo como essa aprendizagem iria ser feita.

Indo viver para um país onde uma das línguas oficiais é o francês, seria absolutamente obrigatória a sua aprendizagem, mas sendo o inglês uma língua de comunicação generalizada em todo o mundo e trabalhando o meu marido numa empresa multinacional, onde a mobilidade geográfica é um fator a ter em conta, impunha-se aprenderem também inglês, ao mesmo tempo e de forma integrada nos respetivos planos de estudos.

A escolha da escola e a aprendizagem das línguas estrangeiras
Retrato de um dos primeiros dias de escola…

Desta forma, focamos o nosso leque para uma opção que fosse orientada para a escolha de uma escola internacional com ensino bilingue (francês/inglês). A escolha não foi fácil, a maioria das escolas não tem o ensino bilingue integrado nos respetivos planos de estudo, tendo apenas 3 horas de inglês ou de francês, por semana. Escolhemos a escola que mais inglês tinha de todas que procuramos: um dia completo de inglês por semana.

A burocracia e o início das aulas

A escolha da escola e a aprendizagem das línguas estrangeiras

Seguiu-se a inevitável burocracia relacionada com as vagas, as matrículas e a avaliação das equivalências. Toda estas tarefas que exigem de nós muita atenção e cuidado, porquanto, na Suíça, a escola obrigatória começa aos 4 anos e tem um nível muito exigente.

A este respeito convém informarmo-nos antecipadamente sobre todos os passos necessários e levar devidamente organizada toda a documentação.

A minha família mudou-se em janeiro e os miúdos iniciaram a escola em fevereiro. Hoje, reconheço não ter sido uma boa opção, todos sofreram com isso. A mudança com o ano escolar já em funcionamento aumentou a ansiedade dos pais e dificultou a adaptação dos filhos à escola, aos amigos e aos ritmos de vida e acarretou trabalhos de aprendizagem acrescidos. 

Desta forma, sugiro que, antes de uma grande mudança para outro país, tenham também em consideração o início do ano escolar e a forma como este vai influenciar a rotina das crianças. O ideal seria que a mudança coincidisse com um novo ano letivo, onde todos começariam do zero, no mesmo patamar, e onde a integração se dará de forma mais fácil.

Planeie e integre toda a sua família nesta nova mudança que se avizinha… Demonstrarem os sentimentos, as angústias e os sonhos será benéfico para esta nova realidade que se avizinha e todos estarão no mesmo barco. É importante resolver e planear junto daqueles que também mudarão os seus hábitos. Delegue tarefas e partilhe opiniões! Não tenha medo…

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